sábado, 31 de julho de 2010

mas uma vez me faltou contexto...


Eu não sabia nem como começar a escrever. Sentei-me em frente ao meu datilógrafo e fui apertando as letras, falando bobagens, fatos, histórias de minha cabeça, fui registrando o que se passava na minha mente, o que meus dedos cansados de um dia cheio queriam escrever; foi ai que surgiu o primeiro texto.

Era tão fácil sentar e deixar que meus dedos dançassem sobre as teclas do aparelho de mais modernidade da época; deixá-los lá, fazendo todo o trabalho sem ter que interferir - a não ser na hora de trocar o papel - era uma maravilha.
Desde criança sempre imaginei que os grandes autores não precisavam fazer o menor esforço na hora de escrever. Vivia sempre pensando em seus dedos dançando sobre as vinte e seis letras existentes no alfabeto, que juntas formavam várias e várias palavras; mas não meras palavras, as mesmas tinham significados, tinham sentimento.
Diante de tantos textos, poemas e sentimento, decidi que gostaria de ser como eles (os grandes autores).
Queria me transmitir para as pessoas.
Queria transmitir algum significado, algum sentimento.
Eu estava errada. Todos estavam errados.
Não sou famosa, não tenho fãs e muito menos escrevi livros; mas eis que estou aqui, com meus dedos cambaleando por entre as teclas, escrevendo mais um de meus textos, transmitindo algo a quem o lê e não sou uma grande autora.
As vezes não é preciso ser reconhecido para ser alguém.
Afinal, você é alguém por si só e não porque têm dinheiro, porque é famoso.
Vamos lá, deixe a futilidade de lado e se descubra; porque a vida é feita de escolhas, mas nem todas elas podem ser tão erradas.

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